O Caminho de Santiago não é uma rota turística, não é uma trilha, não é um remédio espiritual. Mas com os séculos, virou um pouco disso tudo ao mesmo tempo. Hoje é uma das grandes atrações da Espanha e o aumento do fluxo de peregrinos tem mudado o próprio significado do percurso.
É importante ressaltar a linha tênue que separa um peregrino de um turista. Se antes era a fé que movia os viajantes, hoje toda a questão da experiência ganhou um protagonismo. Outrora acreditava-se que alcançar o local onde supostamente estão os restos mortais do apóstolo Tiago traria redenção, mas hoje muitos procuram preencher-se de likes no Instagram. Não há certo nem errado, apenas transformações, e apesar das motivações de cada um, a rota segue movimentada e viva.
Indiscutivelmente são vários os roteiros, mas atualmente três deles são mais populares e têm melhor infraestrutura. O Caminho Português sai de Lisboa e ruma ao norte pelo interior, passando por Coimbra e pelo Porto. Já o Caminho do Norte começa em Irun, no litoral do País Basco – divisa da Espanha com a França – e segue pela costa das regiões de Vizcaya, Cantábria e Astúrias.
Por fim, o Caminho Francês, que tem como ponto de partida mais convencional a pequenina St. Jean-Pied–de-Port, aos pés do Montes Pirineus franceses. Em seguida, atravessa-se a cordilheira até o País Basco, a partir dali ruma pelo interior, cruzando regiões como Navarra, La Rioja, Burgos e Galícia. Algumas cidades maiores, como Pamplona, Logroño, Burgos e León se espalham em bons intervalos, com ótimos bares, restaurantes e monumentos históricos.
E foi pelo Caminho Francês, mais estruturado e movimentado, que andei por 798 quilômetros da França até a Espanha ao longo de 31 dias. A cada amanhecer, eu me propunha um objetivo, uma nova cidade para pernoitar. Lavar o rosto, arrumar a mochila, comer algo, calçar a bota, apanhar o cajado, seguir. Essa rotina se torna mais natural e agradável a cada dia e as dores musculares e as bolhas – bem comuns nos primeiros cinco dias – transformam-se num cansaço gostoso envolto em endorfina.
Parti de St. Jean-Pied-de-Port, porém nada o obriga a ter um ponto de partida pré-fixado e o primeiro passo pode ser dado em qualquer cidade do percurso. Para efeitos de formalidade, é considerado oficialmente peregrino qualquer um que percorrer, no mínimo, cem quilômetros a pé ou 300 quilômetros de bicicleta ou a cavalo. Cada um segue seu curso, porém é responsável por manter em dia os carimbos em sua credencial, espécie de “passaporte peregrino”, e assim comprovar o roteiro realizado.
Geralmente caminham-se de 15 a 25 quilômetros diários, sendo raros trechos de mais de seis quilômetros sem comida ou abrigo. Há ótimos guias e mapas detalhados que podem ser encontrados em lojinhas nas cidades ou em grupos de apoio no Brasil. Informe-se, prepare-se fisicamente, mas tenha serenidade para evitar paranoias de planejamento – o principal combustível para frustrações e desistências.
Em 2018, 327 mil peregrinos fizeram a rota, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. Ou seja, você não será o primeiro nem o último ali. É preciso que o peregrino encontre o suporte em albergues, restaurantes e comércios para que seja uma viagem de imersão em si mesmo e não de penitência. Afinal, a partir de uma iniciativa unicamente sua, você estará adentrando em um universo repleto de história e sentidos. A concha de vieira, pendurada no peito ou na mochila, é o símbolo maior do peregrino. As mãos passam dias empunhando o cajado ou bastões de caminhada e os olhos procurando as setas amarelas e o símbolo da concha, que indicam o percurso.
Se antes o peregrino era um fiel religioso, hoje não são necessariamente sinônimos. Autoconhecimento pode se somar a conhecer o lugar e vivenciar pessoas. Raras vezes na vida você dormirá numa cama diferente a cada dia, carregará nas costas todo seu equipamento e estará tão exposto às intempéries. É uma forma diferente de turistar.
Mas é muito importante não confundir peregrinar com punir-se. A jornada é sobre perceber: a si, o mundo, os outros. Na prática, acredite, é muito menos romântico do que folheando as páginas desta revista ou lendo livros com registros introspectivos. Com o pé na trilha – sim, há trechos em meio a bosques, montanhas, beiras de estrada –, você perceberá que o tempo de compreensão da viagem não se mede em dias nem em meses, mas em anos. Demora a digerir. Ainda bem.
Guia do peregrino
O que é o caminho de Santiago
Rota quase milenar que conecta todos os cantos da Europa com Santiago de Compostela, na Espanha, onde se acredita que estão enterrados os restos mortais do apóstolo Tiago. Hoje há três caminhos mais bem preservados, o Francês, o do Norte e o Português. Durante séculos, fiéis cristãos percorreram a rota em busca de redenção, mas ela passou anos esquecida. A partir de 1988, com o lançamento do livro O Alquimista, de Paulo Coelho, e sua tradução para dezenas de idiomas, os olhos do mundo passaram a se voltar para o Caminho. Atualmente segue muito buscado por cristãos, mas também por pessoas em momentos particulares da vida, com dúvidas, questões particulares importantes, gente que precisa lidar com perdas, mortes, separações, demissões. Enfim, os motivos são muitos.
Quando ir
As melhores estações para percorrer pela primeira vez são a primavera (de abril a junho) e o outono (de setembro a início de novembro). Evite a todo custo ir no verão, pois o forte calor o desgastará além da conta. No inverno, a travessia da França para a Espanha pelos Pirineus fica fechada.
Como chegar ao Caminho de Santiago
Voe até Madri pela Iberia, pela Air Europa, Air France ou para Lisboa pela TAP. Chegando em Madri, embarque num trem da Renfe para Pamplona e de lá combine um transfer até St. Jean-Pied-de-Port, ou então pegue um trem ou ônibus direto para a cidade de onde deseja começar. Muitos peregrinos com menos tempo disponível iniciam a caminhada em Burgos, León ou Sarrià.
Tempo estimado
Não há resposta certa, depende do ritmo de cada um. Estima-se que seja possível percorrer os 800 quilômetros do Caminho Francês em 30 ou 33 dias. No caso do repórter, 31 dias não foram suficientes. Pausas são muito necessárias – por isso a sugestão é incluir um dia de descanso a cada 7 ou 8 caminhados. Assim, a jornada totaliza algo entre 35 e 40 dias. Claro, se você tiver apenas 15 dias disponíveis, considere sair de León; caso tenha uma semana, Sarrià é a pedida.
Alternativas para o Caminho
Muita gente que não dispõe de mais de um mês para se dedicar ao Caminho de Santiago acaba lançando mão de bicicleta, que torna possível percorrê-lo em até dez dias – em 15, dá tempo de conhecer bem as cidades maiores. Claro, com pressa será muito puxado e sua interação com outros peregrinos estará restrita ao seu grupo ou a outros “bicigrinos”. Outra opção é percorrer como em tempos medievais, a cavalo. Em ambos os casos, são experiências completamente distintas da caminhada.
Onde dormir no Caminho de Santiago
Uma das maiores dúvidas dos peregrinos é sobre os pernoites. Públicos ou privados, há albergues em todas as cidades do Caminho Francês. É possível dormir em quartos coletivos com dez ou mais beliches gastando a partir de € 5 por noite, mas a média gira em torno de € 10 por noite. Já os privados podem oferecer mais estrutura de cozinha, roupa de cama e atenção dos proprietários ou voluntários por preços que podem chegar a € 20. Nos albergues particulares, pode haver a opção de quartos duplos por algo a partir de € 30– uma boa solução para um pouco mais de intimidade ou para dar um tempo dos roncos de outros peregrinos.
Onde comer no Caminho de Santiago
Você está na Espanha e come-se muito bem em todos os cantos, ou quase todos. A maior parte das cidades do caminho tem restaurantes que oferecem o chamado menu peregrino, com entrada, prato principal, sobremesa e, às vezes, bebida inclusa por algo entre € 10 e € 15. Muitas tapas, carnes, jamóns e polvo à galega... Não é tarefa simples ser vegetariano no Caminho de Santiago, mas é bem possível, veganos devem ficar mais alertas.
O que levar na bagagem
Pouco. O ideal é portar, no máximo, 10% do peso do corpo, mas tente atingir a meta confortável de seis quilos nas costas –uma mochila de caminhada pequena, de 30 a 45 litros. Lojas de material de trilha oferecem os melhores artigos. A ideia é vestir-se em camadas de roupas sintéticas – são mais leves, secam mais rápido, têm tecidos antiodor e respiráveis. Sugestão: 3 camisetas, 2 calças-bermuda, 3 calcinhas ou cuecas sintéticas, 2 casacos de fleece, 1 calça de fleece para dormir, 1 par de botas de caminhada, 1 par de chinelos, 1 capa de chuva impermeável, 6 pares de meia, 1 saco de dormir leve, itens de higiene e remédios aos quais esteja habituado.
Preparação
Como o nome diz, o Caminho de Santiago não é uma corrida, mas uma caminhada. E o melhor exercício para isso é… caminhar. Você não precisa ser um triatleta para chegar bem ao fim de cada dia. Basta ter alguma atividade física rotineira e fazer alguns trekkings maiores carregando mochila para acostumar-se com o peso nas costas. Algumas rotas no Brasil, como o Caminho do Sol, no interior de São Paulo, foram elaboradas por ex-peregrinos do Caminho de Santiago, e além de serem bom treino, já o fazem sentir um pouco a energia de lá. Muito importante: uma boa bota de caminhada, de preferência com cano alto, já muito bem laceada previamente, caso contrário as bolhas podem acabar com a viagem.
Antes de ir
A Associação Binacional dos Amigos e Peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela produz muitos conteúdos atualizados e oferece ajuda personalizada. Por sua vez, a Associação dos Amigos e Peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela do Brasil oferece bons materiais e cursos on–line ainda no Brasil. Já a Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela tem sede fixa em São Paulo.
Destaques do Caminho de Santiago
Muito tempo e muita vida cabem nos cerca de 30 dias que um Caminho de Santiago agrega à sua história. A sensação quando termina é a de que você se lembra de cada metro percorrido. Mas quando se trata de listar os pontos favoritos, é possível que lhe faltem dedos. O que impressiona a um pode não ficar registrado para o outro. Selecionei aqueles que mais tocaram os meus olhos e a memória.
Pamplona
Imediatamente vem à mente a imagem da corrida de touros pelo centro histórico da cidade basca. A Festa de San Firmín acontece sempre de 6 a 14 de julho, porém percorrer o Caminho de Santiago nessa época não é o ideal, por conta do calor absurdo e das multidões. Mas o ano todo as ruas estreitas de pedra estão cheias de vida, principalmente depois da siesta, entre 14h e 17h. O Museo de Navarra abriga vasta coleção de Goya e mosaicos romanos em um antigo hospital de peregrinos de 1556. A Catedral de Santa Maria de Pamplona vale por seu claustro e o interior gótico, mas não pela fachada insossa. É a primeira cidade onde dá vontade de passar um dia de folga.
Puente La Reina
Não bastasse ostentar e preservar desde o século 11 a famosa ponte de pedras de 110 metros de extensão com sete arcos, a cidade homônima ainda abriga outra joia. Ali pertinho – dá para ir andando, mas vale se poupar indo de táxi –, a igreja octogonal de Santa Maria Eunate, erguida em estilo românico no século 12, é a primeira evidência dos poderes energéticos do Caminho.
Azqueta
Logo pela manhã, ao sair de Estella, você chega em 40 minutos até as Bodegas Irache. Diante da fábrica de vinho, uma experiência inusitada: uma torneira de onde jorra vinho tinto à vontade para os peregrinos. Além de beber vinho “da fonte”, quando chegar em Azqueta, pergunte por Pablo Saenz, ou melhor, Pablito. Há décadas ele presenteia peregrinos com conchas de vieira e cajados que ele mesmo entalha. Um baita personagem, tradução do espírito peregrino.
Logroño
Eis que quatro dias depois de Pamplona surge outra “cidade grande” – são 155 mil habitantes –, mas com espírito intimista e acolhedor. As ruas com arcadas, a catedral dominante na paisagem e a Calle del Laurel fazem a parada valer muito a pena. A estreita ruazinha com bares é o palco principal da vida boêmia, servindo ótimos vinhos e os famosos pintos (petiscos típicos do norte da Espanha), tapas ou canapés montadinhos. Entre os mais cobiçados estão o Bar Calderas e a Taberna del Tío Blas. Cuidado só para não exagerar na dose porque no dia seguinte você terá 29 quilômetros de caminhada lhe esperando até Nájera.
San Vicente de la Sonciera
Se a torneira de vinho não o tiver satisfeito – a qualidade do vinho, convenhamos, é ruim e você terá passado por lá logo cedo –, você pode aproveitar que está na famosa região vinícola de La Rioja para provar bons fermentados de uva. Ou melhor, excelentes. Um bom dia para um desvio e/ou descanso. De Santo Domingo de la Calzada até a vinícola Predicador, por exemplo, um táxi custa € 30. Ali você pode fazer uma linda visita com degustação.
Burgos
É mais do que a majestosa catedral do século 11 com suas torres de 84 metros. Também vai além da lenda do filho pródigo da cidade, o folclórico cavaleiro El Cid. Não se restringe às vielas e aos bares aconchegantes. Burgos é tudo isso e mais. Universitária, tem vida por todos os lados contrastando com as construções de pedra que remontam ao século 9º. Em meados de outubro ainda ocorre o Fim de Semana Cideano, festa medieval com centenas de pessoas vestidas com roupas de época, feirinha gastronômica e encenações de batalhas. Você deve chegar por lá por volta do 12o dia e certamente terá vontade de passar mais de um dia descansando ali.
Sahagún
Seria exagero dizer que a cidade é memorável. Mas é digna de nota por marcar a metade do Caminho Francês. Uma foto diante do monumento simbólico dos 400 quilômetros caminhados dá mais ânimo para seguir.
León
Na descrição seria até possível confundir León com Burgos, mas esta cidade de Castilha tem um charme próprio bem mais intimista e inconfundível. Claro, a catedral impressiona e vale assistir ao show de luzes diário – ah, os vitrais são inesquecíveis, formando um caleidoscópio colorido dentro da nave principal. A missa do peregrino ocorre diária e pontualmente às 19h30 na Basílica de San Isidoro, cerimônia marcante para católicos ou não. Perca-se pelas ruelas curvas do Bairro Húmero até encontrar a Plaza Mayor, com arcadas centenárias, bares e restaurantes. Na Plaza San Martín, há alguns bares mais descolados. Mas a minha favorita foi a Plaza Santa María del Camino, com uma figueira centenária diante do lindíssimo Monastério das Freiras Beneditinas.
Astorga
Projetado pelo arquiteto catalão Antonio Gaudí, o Palácio Episcopal se destaca mais do que a catedral da cidade. Amigo pessoal do bispo, Gaudí topou o desafio e fez ali um trabalho neogótico meticuloso. Todo erguido em granito branco, contrasta com os tons escuros da muralha romana e da catedral. Nota importante: muita gente que tem 15 dias para percorrer o Caminho de Santiago começa por aqui.
Rabanal del Camino
Todas as noites, às 19h, monges beneditinos fazem apresentações de canto gregoriano na Igreja de Santa Maria. Pequenina, a capela do século 12 concentra uma energia espetacular. Às 21h, uma missa abençoa as pedras que serão depositadas na Cruz de Ferro no dia seguinte.
Manjarin
Reza uma antiga lenda do Caminho que cabe ao peregrino carregar na mochila uma pedra desde sua cidade natal até este ponto, na região de Manjarín. No topo de um tronco de madeira rodeado por pedras, a réplica da cruz original, instalada ali em 1998. Acredita-se que cada peregrino deva apanhar sua pedra, mentalizar suas questões levadas à caminhada e lançá-la, sobre os ombros de costas rumo à pilha já formada.
Ponferrada
É divertido sentir-se turista após estar convertido em peregrino. Mas é exatamente essa a sensação que você terá diante do Castelo Templário de Ponferrada. Foi erguido em 1178. pelo rei Fernando II de Leão e Castela, para proteger peregrinos a caminho de Santiago. Calcule pelo menos uma hora para a visita e as inevitáveis fotos.
O Cebreiro
Aclamado como um dos mais implacáveis do Caminho, o trecho de Villafranca até o Cebreiro demanda paciência e passos curtos. Em ritmo lento, a subida leva três horas, com inclinação moderada. Um peregrino minimamente preparado vai tirar de letra. Para facilitar, você pode despachar sua mochila principal pela manhã e andar mais leve. A vila é um charme e marca a entrada na Galícia. Ao amanhecer, peça para provar o queijo fresco que leva o nome da vila.
Alto do San Roque
Um dos mais belos mirantes do Caminho de Santiago é adornado pela imensa escultura até que bonita de um peregrino marchando. Uma força a mais para seguir.
Samos
Monastério impressionante, vale o desvio a partir de Triacastela. É possível pernoitar. Na saída de Triacastela, o Caminho faz uma bifurcação. Ambas as rotas rumam a Sarrià, uma via San Xil e outra por Samos. Saindo à esquerda por nove quilômetros chega-se até Samos, lar do monastério homônimo. Caso não queira pernoitar, faça um tour guiado, com direito a visita ao claustro, à Capela Ciprés San Salvador e lindos murais.
Sarrià
Vale pelo simbolismo e pela mudança de perfil dos peregrinos. A apenas cem quilômetros ou cinco dias a pé de Santiago, fica na distância mínima para que alguém possa ser considerado peregrino. Neste ponto surgem os chamados “turigrinos”. Por conta disso, é a partir de onde se concentram as multidões andando ao longo do dia. A dica a partir daqui é sair cada dia mais cedo para não se estressar e manter seu espírito leve.
Santiago de Compostela
A cidade que dá nome ao caminho é tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Sua catedral foi erguida a partir do século 11 em torno do modesto templo pagão que se acreditava abrigar os restos mortais do apóstolo Tiago. É diante dela, mais precisamente de sua fachada do Obradoiro, que o peregrino se convence de que a caminhada valeu a pena. O centro histórico reúne ainda uma série de mosteiros, praças, igrejas, palácios e ruas charmosas.
Finisterra
Simbólica, a cidade de Finisterra exerce um papel essencial no imaginário do peregrino. Teoricamente o último (ou o primeiro) quilômetro do Caminho de Santiago é ali, diante de um singelo marco zero. Fica colado no Farol de Finisterra ou Fisterra, diante de um penhasco às margens do Oceano Atlântico. Este é o ponto mais ocidental da Península Ibérica e, por conta disso, foi chamado de Finisterra, ou “O Fim do Mundo”. Quem chegar até lá caminhando ou não pode passar na junta local, mostrar sua credencial de peregrino e retirar a chamada Finisterrana, mais um certificado de peregrinação.
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