O Peru liberou a entrada de brasileiros no país, desde que estejam vacinados com as duas doses da vacina ou vacina de dose única ou apresentem teste PCR negativo para covid, feito até 72 horas antes da viagem. A nova regra ficará em vigor até pelo menos 19 de setembro, quando devem ser anunciadas novas informações.

Lembrando que, além de apresentarem vacinação completa ou teste negativo, os viajantes precisam preencher uma declaração online de saúde antes do embarque.


 

 

A viagem começa pela capital peruana, que recebe os voos diretos do Brasil. A partir dali, quem segue para Machu Picchu voa até Cuzco, enquanto os que optam em seguir para o Sul deixam a capital em direção a Arequipa, em menos de duas horas de voo. Aqueles mais apressados, por sua vez, aproveitam essas horinhas entre os voos para esticar até o centro histórico de Lima, em um passeio rápido de meio dia. Quer saber mais? Então confira o roteiro completo e saiba o que fazer no Peru.

Ilhas flutuantes de Uros
Ilhas flutuantes de Uros (foto: shutterstock)

Primeira parada: Lima

Lima é de fato um destino gastronômico. Então, você tem que vivenciar essa experiência em restaurantes que aparecem entre os melhores do mundo. Reserve uma mesa no restaurante Chez Wong, cujo chef foi precursor da renomada gastronomia de Lima. No El Mercado, do chef Rafael Osterling, vale a pena fazer reserva para curtir o ambiente descolado, com clima de praia e comida sensacional. Por fim, para drinques, o descontraído Barra 55 abusa de coquetéis à base de gim.

 

Conhecendo a capital do Peru

Além da vertente gourmet, Lima tem um centro histórico elevado a Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Nas imediações da Plaza de Armas, por exemplo, está reunido todo o conjunto arquitetônico, que pode ser visitado em uma simples caminhada.

A via-sacra começa na Basílica de Nossa Senhora das Mercês, bem no calçadão da Jirón de la Unión. No Convento de São Francisco, o interessante é pagar o ingresso à parte para andar pelos corredores das catacumbas subterrâneas do convento.

Plaza de Armas
Plaza de Armas (foto: shutterstock)

Além disso, hospedar-se no bairro de Miraflores é uma ótima ideia, já que ele é um mosaico do que existe de mais bacana na capital peruana. Há praias, falésias, ruínas arqueológicas, restaurantes moderninhos, cevicherias, casas noturnas, bares, parques… Tem até uma rua só de pizzas, a Calle de las Pizzas, em frente ao Parque Kennedy, e o Malecón Cisneros, um calçadão para o footing perto do mar. Aliás, aí fica o Parque del Amor, no alto de uma falésia à beira-mar. O lugar tem mosaicos coloridos e é coroado pela escultura O Beijo, do artista Victor Delfín. Por fim, se sobrar energia, vale bater perna no vizinho shopping Larcomar.

 


Dica de hotel em Lima:

Hilton Miraflores 

Próximo ao shopping Larcomar, dispõe de quartos e suítes com cama king size, além de piscina aquecida, hidromassagem, academia, rooftop bar e restaurante com receitas peruanas. Quer saber mais? Então clique aqui para ver fotos e o preço da diária!


 

Miraflores
Miraflores (foto: shutterstock)

Ainda em Miraflores, reserve pelo menos duas horas para visitar o sítio arqueológico Huaca Pucllana. Trata-se de um enorme espaço com uma pirâmide de 25 metros. Programe-se para fazer o passeio guiado.

San Isidro é outro bairro trendy, tomado por prédios novinhos e hotéis sofisticados. Ali fica o Bosque El Olivar, um parque que rende deliciosas caminhadas. Além disso, outro sítio arqueológico que faz sucesso é o Huallamarca, marcado por uma grande pirâmide que conta com múmias que impressionam pelo bom estado de conservação.

Pirâmide de Huallamarca
Pirâmide de Huallamarca (foto: shutterstock)

 

O que fazer no Peru: Águas Calientes

Chegar a Águas Calientes, o vilarejo que serve como porta de entrada para Machu Picchu, exige logística. Ou seja, de Lima para o aeroporto de Cuzco dá 1h15 de voo; e de lá, transfer até o terminal para pegar o ônibus a Ollantaytambo, de onde partem os trens da PeruRail com destino a Águas Calientes. Durante o trajeto, contemple o belo visual do Vale Sagrado ao longo de duas horas (preços a partir de US$ 70).

Já na pequena Águas Calientes, a melhor pedida é tomar uma cerveja peruana na companhia de viajantes do mundo todo. Aproveite, pois nesse miolo se espremem muitos hostels e acomodações mais baratinhas. Entretanto, nem só de albergue vive Águas Calientes, pois às margens do Rio Urubamba o hotel Sumaq leva cinco estrelas para o vilarejo com quartos amplos, restaurantes sofisticados, spa e aulas de gastronomia e de cultura peruana. Por fim, o El Mapi e o Inkaterra seguem uma linha parecida e já costumam incluir nos pacotes o transporte até Machu Picchu, que fica a 25 minutos de ônibus dali em um trajeto que combina um jogo de subidas de tirar o fôlego.

Águas Calientes
Águas Calientes (foto: shutterstock)

 


Onde se hospedar em Águas Calientes:

La Cabaña Machu Picchu 

A 30 minutos de Machu Picchu, tem quartos com cama king size, banheira, aquecedor e área de estar. Quer saber mais? Então clique aqui para ver fotos e o preço da diária..


 

O que fazer no Peru: Machu Picchu

O transporte de Águas Calientes até a porta da cidadela inca custa US$ 24 (ida e volta) e o primeiro ônibus sai às 5h30 da manhã. As filas costumam ser generosas, mas a expectativa é que comecem a diminuir, já que as regras de visitação a Machu Picchu mudaram desde o começo de 2019. Sendo assim, os turistas só entram nas ruínas com hora marcada e a duração da visita não pode ultrapassar quatro horas. Os ingressos podem ser comprados com até seis meses de antecedência pelo site oficial.

Os viajantes que conciliarem a visita à cidadela com as trilhas na montanha de Huayna Picchu ou Machu Picchu devem comprar os ingressos casados no site e têm a visita prolongada entre sete e oito horas, dependendo de qual trilha vão fazer. É importante reforçar que a subida às montanhas têm número fechado de visitantes por dia, assim sendo fundamental fazer a reserva do passeio com meses de antecedência. Confira o passo a passo para subir Huayna Picchu aqui.

Machu Picchu
Machu Picchu (foto: shutterstock)

Conhecendo Machu Picchu

Quando pensamos o que fazer no Peru, é fato que Machu Picchu vem à cabeça. Afinal, a cidadela inca se projeta de maneira perfeita em um vale entre dois grandes picos forrados de vegetação e reina absoluta, a 2.492 metros de altitude. Além disso, a arquitetura revela um trabalho meticuloso, com o aproveitamento de pedras encaixadas e justapostas usadas para criar templos, armazéns, casas, terraços de cultivo, longas escadarias e até um palácio.

A cidade perdida dos incas é o maior e mais importante sítio arqueológico da América do Sul. Um lugar que, misteriosamente, perdeu todos os seus habitantes, antes mesmo de os colonizadores europeus chegarem.

Certamente vale a pena visitar Machu Picchu e curtir a energia inigualável desse lugar. Aliás, a dica é levar um lanche reforçado e água para aguentar o ritmo do passeio, já que é basicamente sobe e desce de escadas, entrando e saindo das construções.

Mesmo se não fosse obrigatório, ter um guia faz toda a diferença na hora de entender os templos do Sol, das Três Janelas e do Condor, a Residência Real e o relógio de sol Intihuatana.

O que fazer no Peru: seguindo roteiro para Cuzco

Se você planeja visitar Cuzco e Machu Picchu, deixe Cuzco para depois. A razão é uma só: a aclimatação. Cuzco está 3.400 metros acima do nível do mar – quase mil metros mais alta que Machu Picchu – e isso inclui ar rarefeito e, certamente, o mal-estar chatinho da altitude. Portanto, depois de Águas Calientes, faça o caminho inverso pegando o trem de volta a Ollantaytambo e depois o ônibus até Cuzco.

Chegando em Cuzco, enfim, você percebe que muitas casas e igrejas ainda repousam na solidez das pedras dos povos pré-hispânicos. Vide o Palácio Arzobispal, sede do Museu de Arte Religiosa, erguido sobre a carcaça do antigo palácio do imperador inca Roca. Ou então, o Convento de Santo Domingo, justaposto sobre as ruínas de Qorikancha, templo dedicado ao culto do Deus Sol.

Plaza de Armas de Cuzco
Plaza de Armas de Cuzco (foto: shutterstock)

Conhecendo Cuzco

A Igreja da Sagrada Companhia de Jesus e a Catedral Basílica revelam a forte presença católica. No interior da catedral, há um quadro inspirado em A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, feito por um artista da Escola Cuzquenha – ou seja, movimento artístico que mesclava a iconografia indígena com a espanhola em telas de pintura a óleo.

Outras curiosidades da Escola Cuzquenha podem ser vistas no Museo Inka, que detalha em dezenas de murais o que se sabe sobre a história inca. Aliás, o Museu de Arte Pré-Colombiano, na Plaza Nazarenas, também tem uma coleção de peças milenares, com ferramentas de pedras, utensílios e joias de ouro e prata. Ele fica na mesma praça dos hotéis Palacio Nazarenas e Monasterio, ambos da rede Belmond, instalados em edifícios religiosos históricos.

Convento de Santo Domingo
Convento de Santo Domingo (foto: shutterstock)

Além disso, não deixe de fora os sítios arqueológicos, alguns praticamente dentro da cidade. É o caso de Sacsayhuamán, a dois quilômetros da Plaza de Armas. Apesar da proximidade com o centro, deixe de lado a ideia de fazer o trajeto andando, já que a subida íngreme parece não ter fim. Portanto, compensa mais pegar um táxi e também pedir para o motorista parar no Cristo Blanco, vizinho a Sacsayhuamán, para ver Cuzco do alto.

 


Dica de hotel em Cuzco: 

Loreto Boutique Hotel

Ao lado da Plaza de Armas, tem quartos de até 55 m² com banheira, e alguns deles possuem paredes incas originais. Reserve aqui.


 

Aliás, o mesmo ingresso de acesso a Sacsayhuamán também serve para entrar nas ruínas de Qenqo (um centro para rituais), na fortaleza de Puka Pukara e em Tambomachay, o templo das águas. Para visitar Moray, a 50 quilômetros de Cuzco, paga-se extra (uma infinidade de agências de viagem oferece o tour). O que os incas fizeram ali também é de impressionar: enormes círculos concêntricos, de até 30 metros de profundidade, dispostos em degraus.

Círculos em Moray
Círculos em Moray (foto: shutterstock)

 

O que fazer no Peru: Arequipa

Em seguida, para chegar em Arequipa, pegue um voo de 1h30 partindo de Lima. No centro histórico de Arequipa está a Plaza de Armas, local em que os primeiros sinais do domínio espanhol vêm à tona. Aliás, situada em um lindo vale cercado de montanhas e vulcões, a cidade fundada em 1540 foi peça-chave para os conquistadores estabelecerem o controle no Sul do Peru e proteger a região.

Porém, não contavam que o primeiro e mais devastador inimigo estava sob seus pés. Com o terremoto que desmantelou tudo em 1600, o centro histórico que se vê, hoje Patrimônio da Humanidade da Unesco, é a segunda versão, preparada para aguentar chacoalhões sísmicos.


 

Onde se hospedar em Arequipa: 

Casa Andina

Um exemplo da arquitetura arequipenha do século 18, o hotel funciona desde 2007 onde antes era a Casa da Moeda da capital do estado, conservando a estrutura de pátio central, capela e salas de estar na entrada –  hoje a recepção e o restaurante. Reserve aqui.

 


 

Construída em blocos de pedra de sillar, uma rocha vulcânica branca, Arequipa ganhou o apelido de Ciudad Blanca. Aliás, dá para visitar pedreiras para aprender como os trabalhadores mantêm a tradição de 400 anos com ferramentas rudimentares.

A Basílica Catedral de Arequipa, a Igreja da Companhia de Jesus e os vistosos arcos do Palácio Municipal se beneficiaram do trabalho dos pedreiros, formando o impressionante e opulento conjunto arquitetônico derrubador de queixos. Moradores e turistas passeiam pelo principal cartão-postal da cidade no fim de tarde, onde às vezes acontecem apresentações animadas de música e dança.

Na Igreja da Companhia de Jesus restam poucos pedaços de afrescos originais da Escola Cuzquenha. Anexa, a Capela de San Ignacio tem o teto e as paredes pintados com tema floral e tropical, com representantes da fauna e da flora amazônica.

Basílica Catedral de Arequipa
Basílica Catedral de Arequipa (foto: shutterstock)

 

Visitando o passado

O centro histórico de Arequipa também conta com um museu interativo high tech, com direito a holograma do escritor Vargas Llosa recebendo os visitantes no primeiro quarto. A exposição conta as etapas da vida do autor, as cidades onde morou, suas amizades e a aventura na política, quando se candidatou à presidência do Peru.

Bem menos célebre do que Vargas Llosa, a casa do General Don Manuel Garcí de Carbajal também está aberta a visitação na área rural. Mas quem foi esse ilustre senhor? O fundador de Arequipa, ora! A construção data de aproximadamente 1600 e mistura influências da arquitetura moura, como o pátio central, e o teto abobadado próprio da região para suportar terremotos. Alguns móveis são originais e o espaço está bem conservado.

No povoado tradicional de Paucarpata, a fachada da igrejinha de Santa Ana estampa um entalhe do sincretismo entre o catolicismo e as crenças pagãs incas. Cercando e testemunhando todas essas histórias pré e pós-hispânicas estão os imponentes vulcões Misti e Chachani. Eles podem ser admirados de quase qualquer ponto de Arequipa, mas é muito melhor do Mirante del Carmen Alto. Aliás, os mais aventureiros, além de contemplarem e fotografarem como todos, deslizam em uma longa e eletrizante tirolesa.

Em seguida, conheça o Vale do Colca 

Apesar de demorar 4h de carro, o trajeto de Arequipa até o Vale do Colca é lindo e passa por parte do deserto do Atacama, pela Reserva Nacional de Salinas y Aguada Blanca, e pelos Pampas de Toccra, que quer dizer “limo” em quéchua, um dos idiomas nativos.

Vale do Colca
Vale do Colca (foto: shutterstock)

A primeira parada, no povoado de Pataguassi, onde vivem cerca de dez famílias, revela um cenário árido e desértico. Sabendo que a estrada segue na ladeira até atingir 4.910 metros de altitude, é oportuno bebericar o chá de folhas de coca com muno, uma erva digestiva, e hierba blanca, um matinho com propriedades medicinais. O preparado alivia o mal-estar, empresta confiança para continuar subindo e, ainda por cima, é saboroso.

 


Dica de hotel no Vale do Colca:

Aranwa Pueblito Encantado del Colca 

Ficar hospedado no meio do nada, perto do rio, é o grande privilégio aqui. Tem ainda o luxo rústico dos quartos com banheira generosa, a piscina externa e o excelente restaurante. Faça sua reserva aqui.

 


 

Durante o caminho aparecem alguns exemplares da fauna local, como o íbis-preto, a gaivota andina e até pumas. Quando enfim chega o altiplano, de estrada reta e infinita, surgem alguns pequenos lagos, congelados ou líquidos. Afinal, o clima desértico é assim: cuide-se para não pegar uma insolação de dia e para não ter hipotermia à noite.

Além disso, o caminho ainda reserva passagem pela cratera do vulcão Chucura e o Mirador Patapampa, a 4.910 metros, o ponto mais alto da estrada. De lá do alto, a falta de oxigênio pega de surpresa alguns viajantes, que são surpreendidos também pela vista incrível de oito vulcões.

 

O ponto alto da viagem pelo Vale do Colca

Dali em diante se desce um pouco até chegar ao povoado de Chivay, o lugar mais importante do Vale do Colca, onde o visitante vai encontrar algumas opções de restaurantes e pousadas. Mas a parte mais cativante da região fica perto dali e atende pelo nome de Sibayo. Vivem por volta de mil pessoas nessa comunidade de casinhas de paredes amarelo-mostarda e teto de palha. Os visitantes são recebidos em casebres preparados para eles, comem junto com os locais e dividem tarefas no campo, além de compartilhar caminhadas pelas montanhas e participar das festividades.

Além disso, conheça o Cânion do Colca, a segunda mais profunda fenda do mundo, com 3.800 metros, que por anos disputou o título com o Cânion Cotahuasi, também no Peru. Para efeitos de comparação, é o dobro da fundura do Grand Canyon, nos Estados Unidos. Completando a paisagem, aproximadamente 50 condores vivem ali como adereço de luxo. Aliás, para assistir ao vaivém das aves é preciso chegar cedo.

O voo do Condor dos Andes
O voo do Condor dos Andes (foto: Matyas Rehak/shutterstock)

 

Seguindo roteiro do que fazer no Peru: Lago Titicaca

Há lugares no mundo que fazem a gente se sentir dentro de uma história de ficção. O Lago Titicaca é um deles, afinal, é o lago navegável mais alto do mundo. Para chegar, é preciso pegar voo de Arequipa até Juliaca, sendo 2h30, com conexão em Cuzco.

Puno é a cidade à beira do Titicaca que concentra os visitantes do lado peruano. Para chegar até ela, desembarcando no aeroporto de Juliaca, a 40 minutos de distância, o sítio arqueológico de Sillustani já está no caminho. Em suma, a península ostenta 30 torres dos tiahuanacos, povo pré-incaico que dominou a região, e mais dez dos próprios incas, os manda-chuvas da área do século 15 até a chegada dos espanhóis.

Finalmente chegando a Puno, a imagem é de uma cidade de cor ocre, deitada ao pé da montanha. Não se tem o hábito de pintar as residências por ali, e o visual em contraste com a cor azul-marinho do Titicaca é certamente de alto impacto. Aliás, o Peru é um destino sensacional.

Lago Titicaca
Lago Titicaca (foto shutterstock)

 

 


Onde se hospedar em Puno: 

Sonesta Posadas del Inca

Com vista para o lago Titicaca, os quartos vêm com uma variedade rara de amenities, bolinho de boas-vindas e cama bastante confortável. Quer saber mais? Então clique aqui para ver fotos e o preço da diária.


 

 

Navegando pelo Titicaca

Recorre-se a um barco para conhecer algumas joias guardadas pelo lago. Meia hora de navegação leva até as ilhas flutuantes de Uros, onde seus habitantes vivem da mesma maneira há mais de 400 anos. Ou seja, as residências têm vida útil de três meses e o chão deve ter novos caules espalhados quinzenalmente sobre os pisoteados para garantir firmeza.

Tradição também é o que move a ilha de Taquile, a três horas de barco a partir de Uros. Afinal, ali moram duas mil pessoas divididas em seis comunidades, que usam o quéchua como idioma. Aportando na ilha, uma subida íngreme com pouco ar disponível aguarda os visitantes e depois uma caminhada plana de mais 20 minutos. Certamente vale vencer o obstáculo inicial. No caminho, cruzamos com alguns nativos e o chefe-geral, que usa roupas total pretas indicando que é uma autoridade.

Do alto da Casa Lorenzo, Hector Quispe recebe visitantes para se hospedarem em sua residência ou simplesmente gozarem de um almoço com dança típica. O menu é uma sopa de quinoa cultivada lá mesmo (aliás, dizem que é a melhor de todo o Peru) e peixe fresco pescado no Titicaca. A gentileza dos anfitriões, a paisagem que lembra, em alguns momentos, a Costa Amalfitana, na Itália, e o contato com uma cultura tão forte e resistente certamente emocionam. Afinal, o Peru não é para os fracos.

Lago Titicaca e cidade de Puno
Lago Titicaca e cidade de Puno (foto: shutterstock)

 

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