(Obs: o Instituto Inhotim reabriu para visitação no último dia 5/02. O local está adotando procedimentos de segurança e higiene adequados à segurança dos visitantes e funcionando com 10% da capacidade habitual. Se antes a visitação era de terça a domingo, agora acontece às sextas, sábados, domingos e feriados, nos mesmos horários (sexta das 9h30 às 16h30, e até às 17h30 nos outros dias. Por fim, os ingressos podem ser retirados on-line, via Sympla, com antecedência).

 

O Instituto Inhotim de Arte Contemporânea, em Brumadinho, é um jardim magnifico, onde espécies raras de palmeiras que vêm até do Sri Lanka e outras joias de paisagismo irretocável revelam galerias projetadas por arquitetos e artistas em simbiose com a natureza. O lugar reúne a coleção particular do empresário Bernardo Paz, com cerca de 1.300 obras oriundas de mais de 30 países, com destaque para artistas do gabarito de Olafur Eliasson, Yayoi Kusama, Hélio Oiticica, Adriana Varejão, Tunga e Cildo Meireles. Mas a pergunta mais importante é: qual é a melhor maneira de explorar o Inhotim? Quanto tempo é necessário para conhecer? Onde ficar? Onde comer? Como se fosse uma espécie de Disneylândia das artes, aqui, programação também é essencial.

 

Quanto tempo é preciso para conhecer Inhotim?

Em 2006, quando se iniciaram as atividades abertas ao público, eram apenas 13 hectares, e um passeio bate-volta de Belo Horizonte resolvia. Hoje, entretanto, esse número cresceu mais de dez vezes: já são, ao todo, 140 hectares e mais de 20 galerias. Por isso, esqueça a ideia de conhecer Inhotim em um único dia, porque é impossível. Caso tente, você vai falhar miseravelmente, correndo feito um alucinado ou, mais provável, perdendo muita coisa. Estamos no interior de Minas Gerais, cercados pelo parque estadual da Serra do Rola-Moça. Pressa para quê? A experiência bucólica da visita pede para que se acompanhe o ritmo tranquilo da região.

Dessa forma, o mais recomendável é separar pelo menos dois dias para degustar Inhotim. Isso significa percorrer as trilhas pela mata fechada, ler as informações sobre os artistas, não se preocupar com o tempo de almoço e, por fim, se derreter nos bancos de madeira maciça do designer Hugo França. Sendo assim, só quem se permite entrar na frequência do lugar vai conseguir comer pitangas e jabuticabas no pé, ouvir o ronco dos macacos-guigós na mata e observar esquilos, saguis e pássaros que aparecem para cumprimentar os visitantes.

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Jardins do Instituto Inhotim
Jardins do Instituto Inhotim (foto: Rossana Magri)

 

Visitando Inhotim 

O ideal é dar uma olhada no acervo pelo site, definir quais obras você considera imperdíveis e começar a traçar o roteiro pelo mapa on-line. Vale a pena começar pelas mais distantes, como, por exemplo, a galeria Doug Aitken (conhecida como Som da Terra), e daí ir descendo. Com mais um dia, a dica é explorar só a parte central, nos arredores da Galeria Cildo Meireles, dos lagos e da entrada, deixando os demais dias para as partes mais afastadas. Além disso, o aplicativo oficial de Inhotim é uma mão na roda para se localizar.

O instituto também oferece visitas guiadas gratuitas. A panorâmica, por exemplo, tem foco no acervo artístico e botânico, com abordagem histórica de Inhotim, detalhes sobre sua fundação e a aquisição das peças. Já o tour temático, por sua vez, parte de um assunto específico que muda a cada dois meses. Para participar, basta inscrever-se na recepção meia hora antes do início da visita, que sai ali da entrada mesmo. Consulte todos os horários pelo site oficial.

Inhotim
A obra “De Lama Lâmina”, de Matthew Barney (foto: Pedro Motta)

 

Carrinhos elétricos

Quem achar puxada a andança pelo parque, pode incluir no valor da entrada o transporte interno, oferecido em carrinhos elétricos por oito rotas determinadas. Eles passam a cada três minutos e percorrem os caminhos mais distantes. Ou seja, uma mão na roda para otimizar o tempo. Aqueles que não estão preocupados em salvar uns trocados podem alugar os carrinhos com capacidade para até cinco passageiros, pagando por hora.

Para o passeio, use roupas confortáveis, tênis ou sapato fechado, abuse do protetor solar e repelente e não se esqueça de uma garrafinha d’água – que pode ser reabastecida em bebedouros da propriedade. Capas de chuva são bem-vindas. Leve também uma roupa de banho para nadar (sim, nadar!) na obra Piscina, do argentino Jorge Macchi. A maioria dos visitantes desavisados apenas observa a água azulzinha do trabalho de Macchi, frustrada por não poder dar um mergulho em dias quentes.

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Piscina
A piscina de Jorge Macchi (foto: Pedro Motta)

 

Onde comer em Inhotim

Como nadar e bater perna dão uma fome danada, é melhor contar um pouco sobre a alimentação no Inhotim. Não é permitido entrar com alimentos, uma regra necessária para preservar os animais que ali vivem. Há dois restaurantes. O melhor (e mais caro) leva o nome de Tamboril, em homenagem à árvore imensa e centenária no coração do instituto, servindo gastronomia mineira com influências internacionais e um toque refinado. A comida é excelente, com opções variadas de saladas, peixes, carnes e massas, e o ambiente  é agradável, aberto para a natureza que o cerca.

O segundo restaurante – mais em conta – é o Oiticica, próximo à obra Penetrável Magic Square, do artista tropicalista Hélio Oiticica, que nomeia o restaurante. A culinária brasileira é agraciada com a vista para o lago principal e o pé-direito alto, em um prédio de concreto armado. Outros quatro cafés para lanches rápidos se distribuem pelo mapa, além de quatro lanchonetes que abrem ocasionalmente para vender cachorro-quente, açaí, picolé, água de coco, frutas e salgados. Ou seja: fome, ninguém passa. Nem de comida, nem de arte.

Restaurante Oiticica
Restaurante Oiticica (foto: Foto Ricardo Mallaco)

 

Onde se hospedar em Inhotim

Estrada Real Palace Hotel
Ótima hospedagem em Brumadinho, a apenas seis quilômetros da portaria de Inhotim. Com 32 suítes, o hotel tem estilo rústico bem-cuidado, com bastante madeira na construção, ar-condicionado, piscina e quartos espaçosos. O ar de fazenda dentro da cidade é o diferencial. Rodovia Municipal Augusto Diniz Murta. Clique aqui para reservar.

Estalagem do Mirante
Um pouco mais distante, a 35 quilômetros de Inhotim, é uma das melhores estadas da região. A pousada-butique é tão charmosa que valeria uma viagem só para ela. Chalés confortáveis construídos no alto de uma montanha dão vista de 180 graus para morros verdejantes, até onde a vista alcança. Por fim, uma cachoeira artificial à beira da piscina cercada por futons completa o visual para quem quiser relaxar. E o café da manhã… Aguarde queijo canastra chapeado e folhados quentinhos saídos do forno. Av. Nair Martins Drumond, 1.000. Faça sua reserva aqui.

 

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Prepara!

Os visitantes só precisam dirigir 60 quilômetros de Belo Horizonte para chegar à cidade de Brumadinho, onde fica Inhotim. É um bate-volta bem tranquilo, mas a visita ao instituto pede mais do que um dia. Assim, organize-se para pernoitar na cidade. O estacionamento é gratuito e quem preferir pode ir de ônibus com a companhia Saritur (saritur.com.br). Aberto de terça a domingo, o instituto cobra R$ 44 para entrada e às quartas o acesso é gratuito. Crianças até 5 anos não pagam. Lembre-se, também, de adquirir os tíquetes com antecedência pela internet para driblar filas e compre os ingressos de uma só vez para o número total de dias da sua visita, garantindo assim um descontinho (inhotim.org.br).

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Inhotim
Desvio para o Vermelho, de Cildo Meireles (foto: Daniela Paoliello)

 

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