À primeira vista, pode parecer estranho que um dos maiores nomes modernos da pintura espanhola seja tema de um museu em… Paris. Mas tudo faz sentido quando a gente lembra, ou aprende, que Pablo Picasso, nascido em Málaga em 1881, começou sua relação com a França quase aos 20 anos e lá acabou por desenvolver a maior parte de seu trabalho. E, assim, o Musée National Picasso se revela um passeio imperdível para quem gosta do pintor ou das artes em geral.

Inaugurado em 1985 no palacete conhecido como Hôtel Salé, do século 17, o museu reabriu em 2014, após cinco anos de reformas, que mantiveram preservada a icônica escadaria central.

É verdade que Málaga também tem um museu dedicado a seu filho ilustre, mas o de Paris, no charmoso e descolado bairro do Marais, afirma ter a maior coleção de obras do artista em todo o mundo – são 5 mil peças, entre telas, esculturas, cerâmicas e rascunhos. Em ordem cronológica, jogam luz sobre as diversas fases de Picasso: o cubismo, o surrealismo, o período azul e por aí vai…

Doado pelos herdeiros dele ao Estado francês, o acervo não fica exposto na íntegra: exibições temporárias se revezam em alguns dos cinco andares, de forma a dinamizar o museu e torná-lo sempre uma novidade. Em outubro, por exemplo, entra em cartaz a mostra Picasso-Giacometti, que aborda as relações do espanhol com o artista plástico italiano.

O mais bacana do museu é que, além das obras que associamos imediatamente a Picasso por conta dos traços característicos, há ainda uma série de itens que de bate-pronto não se diríamos que são dele, especialmente os trabalhos em cerâmica.

Entre os “clássicos”, é possível ver os preparativos que levariam a As Senhoritas de Avignon, a série cubista Homem e o Violão e telas surrealistas sobre a Guerra Civil Espanhola (no estilo da obra-prima Guernica, que fica no Museu do Prado, em Madri). Há também peças do acervo pessoal de Picasso, que incluem Renoir, Matisse e Cézanne. Você pode fuçar o acervo do museu aqui.

Recomenda-se comprar o ingresso com antecedência pela internet para evitar filas – ainda que seja um museu bem menos movimentado que o Louvre. Custa € 12,50 (ou € 16,50 com audioguia). museepicassoparis.fr

 


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