Alugar um carro na Itália é, geralmente, a melhor forma de percorrer as belas estradas do interior e da costa do país, mas é preciso estar atento a algumas “pegadinhas”. Confira a seguir quais são elas:
1. O aluguel do carro na Itália
Para dirigir na Itália, a carteira de habilitação brasileira costuma bastar. É raro, mas, em alguns casos, as locadoras podem pedir a Permissão Internacional para Dirigir – então, se você é uma pessoa muito prevenida, talvez prefira solicitar uma (veja mais no site bit.ly/pid-viajar). Procure fazer a reserva do carro com antecedência em agências de viagem no Brasil ou pela internet (sites como o RentCars.com.br, RentalCars.com, Kayak, Decolar e Expedia comparam os preços de várias locadoras).
O ideal é escolher um veículo pequeno, porque as ruas e as estradas na Itália podem ser muito estreitas. Incluir GPS no pacote não é primordial – desde que você compre um chip local para usar a internet no seu celular (o sinal 4G é bom e raramente falha). Tente pegar e devolver o carro no mesmo lugar – a taxa de deslocamento, caso a devolução seja em outra cidade, pode salgar bastante o valor total.
Verifique, ainda, o tipo de seguro incluído – em geral, a proteção é contra roubo, furto e colisão, mas também vale investir em uma que cubra responsabilidade sobre terceiros. Vai por mim: precaução na hora de dirigir na Itália nunca é demais.
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2. Evitando as zonas de tráfego limitado
Não há necessidade de se locomover de carro dentro das cidades. Mas para chegar e sair dos hotéis, muitas vezes se percorrem trechos urbanos – e é aí que mora o perigo. Praticamente toda cidade italiana tem áreas restritas ao trânsito de automóveis em determinados horários (em geral, os centros históricos, de segunda a sábado de manhã até 18h ou 19h).
São as chamadas ZTL – Zonas de Tráfego Limitado – e há placas de sinalização. Apenas moradores têm autorização para dirigir ali. Mas o que fazer se o seu hotel fica justamente numa área dessa? Entre em contato previamente para avisar que estará motorizado e o pessoal vai providenciar a sua autorização – seja fornecendo um crachá na sua chegada, seja notificando as prefeituras. Assim, ainda que você prefira deixar o carro em um estacionamento na entrada da cidade, poderá entrar na ZTL para deixar as malas
Um dos agravantes é que o Waze não “respeita” as zonas, o que pode colocar o motorista desavisado em algumas ciladas. E o que acontece com quem ultrapassar uma dessas placas? Bem, recebe uma bela e salgada multa. Pode demorar mais de um ano para chegar, mas ela vem. A minha infração em Florença, por exemplo, demorou quase seis meses – chegou em português, na minha casa, no valor de € 106.
Aparentemente, o hotel não avisou a prefeitura sobre o meu veículo – e em casos assim, é possível recorrer, conforme instruções listadas em um site indicado na carta. Paga-se pela internet, acessando esse mesmo site, em até 60 dias (com desconto se quitado rapidamente; mais caro depois desse prazo). E se não pagar? Bem, a falta pode implicar em problemas na hora de retornar à Itália ou mesmo a outros países da Europa.
3. Como/onde estacionar na Itália
Se o seu hotel não conta com estacionamento ou se você estiver apenas de passagem por uma cidade, será preciso prestar atenção às regras para estacionar na rua. Procure sempre pelas placas com a letra P (de parcheggio). Faixas brancas no asfalto indicam que aquelas vagas são exclusivas para residentes. Marcações amarelas são restritas a deficientes, polícia, ambulância etc.
Se forem azuis, quer dizer que você, turista, pode parar mas quase sempre é preciso pagar. Podem ser vagas de rua ou em estacionamentos públicos. Haverá parquímetros nos arredores que aceitam dinheiro vivo. O valor (e o tempo de permanência) pode ser fixo ou então cobrado por hora (de 50 centavos a € 3, em geral) – você vai colocando moedinhas de acordo com o tempo que pretende ficar estacionado.
O tíquete impresso deve ficar à mostra dentro do carro. Às vezes, principalmente em cidades menores, é possível encontrar vagas gratuitas por tempo determinado (duas ou três horas) – há placas informando. Para que o fiscal de trânsito possa controlar o horário, os carros vêm com uma espécie de relógio de papelão no para-brisa, em que você marca a hora em que estacionou. Também existem as garagens maiores, que ficam na entrada das cidades (como em Veneza), em que as máquinas aceitam cartão de crédito ou há guichês com funcionários.
4. Pegando estrada na Itália
Antes de qualquer coisa, esteja ciente de que os italianos estão acostumados a dirigir de um modo bastante característico, inclusive em estradas estreitas e cheias de curva (que têm até espelho para ver se há carros vindo do outro lado). Não tente imitá-los: respeite sua faixa, mantenha-se no limite de velocidade, dê seta e deixe o farol sempre aceso, mesmo durante o dia.
As autoestradas (sinalizadas por um A + um número) são as principais rodovias do país – como a A1, que vai de Milão a Nápoles, por exemplo. Elas contam com pedágios, que cobram de acordo com a distância rodada ou, em alguns trechos, têm preço fixo. No primeiro caso, ao sair de uma cidade e entrar na rodovia, retira-se um bilhete na cabine de pedágio, que só será pago na hora de deixar a via.
As cabines de saída podem ter atendentes ou máquinas automáticas, que aceitam dinheiro vivo ou cartão (atente para a placa sobre a cabine, que indica o método de pagamento). Apenas tome cuidado para não passar pela cancela do TelePass (placa amarela), que é como o nosso Sem Parar/Connect Car. Estradas menores, a exemplo da SR222 (a famosa Rota do Chianti), não têm pedágio.
Nas autoestradas, o limite de velocidade é de 130 km/h (ou 110 km/h com chuva) e o controle é feito por radares fotográficos, como o Autovelox e o Sistema Tutor, indicados por placas. Fique atento à mudança constante de velocidade. Para abastecer, há postos ao longo das autoestradas, que costumam ter atendentes ou bombas estilo self-service (mais baratas).
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