O metrô – ou tube, para os íntimos – é a melhor forma de se locomover pela capital inglesa. De quebra, suas estações são verdadeiras bússolas turísticas: é só descer em uma e dar de cara com muitas coisas para ver e fazer. Aqui, escolhemos a estação London Bridge para montar roteiros redondinhos, contemplando clássicos clássicos londrinos em distâncias caminháveis.

Tower Bridge • 1,1 km da estação

Primeiro de tudo: não confunda London Bridge com Tower Bridge. Vizinhas, ambas cruzam o Tâmisa, mas a primeira é uma ponte bem comum, da década de 1970. Já a icônica e neogótica Tower Bridge impera desde 1894, com 45 metros de altura, erguendo suas básculas para permitir o trânsito de navios. Hoje ela abriga uma exibição que explica sua história e seu sistema de abertura, com direito a visita à antiga sala de máquinas a vapor.

The Shard • Logo ao lado da estação

No horizonte londrino, impõe-se uma longilínea pirâmide de vidro, desenhada pelo arquiteto italiano Renzo Piano. Além de sediar restaurantes, escritórios e um hotel Shangri-La, o prédio mais alto da Europa Ocidental, com 309 metros, tem mirantes nos andares 69 e 72 (este último a céu aberto). É o The View from The Shard, que permite ver até 65 quilômetros à frente, abrangendo toda a cidade e seus cartões-postais.

foto: shutterstock

Borough Market • 350 m da estação

Em atividade desde o século 13, este irresistível mercado se popularizou como reduto gourmet, com mais de cem bancas de produtos frescos. Perca-se entre embutidos, sidras, queijos, pães, temperos, azeites… Também há coisinhas típicas de vários países, da Etiópia à França. Além de estar rodeado de restaurantes com serviço de mesa, tem ainda barracas de comidas para viagem, como paella, ostras e sanduíches. Funciona a todo vapor especialmente de quarta a sábado (e fecha aos domingos).

Tate Modern • 1,2 km da estação

O todo-poderoso museu de arte moderna e contemporânea veio trazer vida ao velho galpão de uma companhia elétrica na margem sul do Tâmisa, expondo trabalhos de Cézanne, Matisse, Picasso, Dalí, Warhol e muitos outros. Gratuito, o Tate ganhou recentemente uma expansão, a Switch House, um novo prédio anexo de arquitetura ousada, onde há exibições temporárias. Tem ainda mirante com vista panorâmica – bem em frente, do outro lado do rio, vislumbra-se a imponente St Paul’s Cathedral, de 1711, cuja cúpula só é menor que a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e a modernosa Millenium Bridge, ponte exclusiva para pedestres. De quebra, pode-se pegar um barco até a Tate Britain, o “museu-mãe”, focado em arte britânica dos séculos 16 a 20, com obras de William Turner e Francis Bacon.

foto: divulgação

Shakespeare’s Globe • 1 km da estação

Réplica de um teatro elisabetano do século 17, esta arena a céu aberto tem apresentações de Shakespeare e outros autores entre abril e outubro. No resto do ano, elas migram para o teatro coberto Sam Wanamaker Playhouse, que também faz parte do complexo. Há tours guiados + exposição sobre a história do Globe, do Bardo e da arte teatral.

foto: divulgação

Tower of London • 1,8 km da estação / outra estação de acesso: Tower Hill

Atravessando o Tâmisa pela Tower Bridge, quem domina é a fortaleza construída há mil anos. Já foi palácio, casa da moeda e prisão, ganhando fama de mal-assombrada como local de execução, por onde rolaram cabeças famosas – como as das rainhas consortes Ana Bolena e Catherine Howard, ambas condenadas pelo próprio marido, o rei Henrique VIII. Hoje, os visitantes vêm ver os tesouros da família real, guardados pelos soldados beefeaters. Impossível não se embasbacar diante das muitas joias reluzentes, como a coroa de platina da Rainha-Mãe e a Coroa Imperial do Estado, usada por Elizabeth II em poucas ocasiões ainda hoje. Além disso, também há seção de armas e armaduras, cobrindo 500 anos de história, na White Tower, a construção mais antiga do complexo.

Para comer:

Em um prédio de 1677, o pub George Inn tem origens ainda mais antigas e teria recebido gente como William Shakespeare e Charles Dickens. No Borough Market, o Fish! prepara pescados e frutos do mar fresquíssimos na frente do cliente. No Shakespeare’s Globe, o restaurante The Swan tem menus especiais para quem vai ao teatro.

Para dormir:

Perto da Tower of London, o novíssimo cinco estrelas Four Seasons at Ten Trinity Square ocupa um antigo prédio da ONU com cem quartos sofisticados e restaurante de chef estrelada. Atrás da Tate Modern, o CitizenM esbanja design criativo no espaço diminuto de suas 192 acomodações.

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