Foi uma espera de 40 anos… Quarenta anos para conhecer uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza, distante menos de duas horas de voo da minha casa. Relendo isso que acabei de escrever, fico ainda mais chocada com tanta demora. Entretanto, para não repetir o mesmo erro, levei na minha viagem inaugural a Foz do Iguaçu meus dois filhos, de 4 e 7 anos, para que assim, desde cedo, eles possam contemplar, entender e valorizar aquilo que é nosso.

Foz do Iguaçu é um modelo feliz de turismo nacional, que levanta bandeiras importantes de preservação ambiental, turismo consciente e pluralidade.

Mesmo tendo uma atração central incomparável, o destino conseguiu (uma façanha!) ampliar seu leque de opções e oportunidades a ponto de conversar com viajantes dos mais variados perfis.

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Foz do Iguaçu
As paisagens das Cataratas são inesquecíveis (foto: Christian Rizzi)

No coração das Cataratas do Iguaçu

Quem dá vida ao parque nacional é o Rio Iguaçu, que nasce em Curitiba e desaguá no Rio Paraná, na Bacia do Prata, percorrendo 1.320 km até sua foz, justamente na cidade de Foz do Iguaçu. Nesse trecho, ao longo de quase 3 km, ele corre marcando a fronteira com a Argentina, a vizinha com quem dividimos parte dessa magnitude natural formada por 275 cachoeiras.

Assim, os únicos veículos permitidos dentro do complexo são os carros de turismo, conduzidos por guias credenciados, e os ônibus do parque (valor do transporte já está incluso no ingresso), que partem do Centro de Visitantes e realizam diversas paradas até o ponto final, na estação Porto Canoas.

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Por ser um dos maiores tesouros naturais do Brasil e do mundo, as Cataratas do Iguaçu são sempre concorridas e o parque vive cheio. Evite, se possível, os finais de semana e prefira começar o passeio pelo fim, já na passarela que dá vista para a Garganta do Diabo e outras quedas, e só depois faça a trilha das cachoeiras.

Turistas admiram a vista das Cataratas, em Foz do Iguaçu
Turistas admiram a vista das Cataratas (foto: Arquivo Parque Nacional do Iguaçu)

Como é o passeio

No lado argentino, o Parque Nacional Iguazú concentra 70% das cachoeiras. Ou seja, a porção brasileira tem a melhor vista para as quedas. E isso não é rivalidade, é realidade comprovada ao caminhar pelos 1.200 metros da Trilha das Cataratas. Larga, pavimentada, bem sinalizada e com poucos degraus, é fácil de ser percorrida por crianças e até mesmo por pessoas com mais idade. Então, pode levar toda a família.

O caminho pontuado por mirantes vai revelando, enfim, diferentes ângulos das quedas – os cliques ficam cada vez mais fotogênicos! É lindo! O grand finale fica para a plataforma que avança sobre o rio e escancara a Garganta do Diabo, a maior cachoeira do parque, com seus inegáveis 80 metros de altura. Overdose de beleza novamente, especialmente em período de cheia do rio, quando o volume de água pode chegar a 2.506 m³/s.

 

Cataratas em Foz do Iguaçu
Parque Nacional Iguazú (foto: shutterstock)

 

Plataforma de observação sobre o Rio Iguaçu (foto: shutterstock)

 

Quanto tempo reservar

Os visitantes que reservaram o dia todo para ficarem no parque precisam levar lanche e água, uma vez que todos os pontos de alimentação estão fechados neste primeiro momento. Contratempo para os turistas, tristeza para os quatis, animaizinhos espertos que se aperfeiçoaram ao longo dos anos em roubar comida alheia da lanchonete e das mochilas dos visitantes mais desavisados.

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Quati em frente às Cataratas
Quati em frente às Cataratas (foto: Christian Rizzi/Arquivo Parque Nacional do Iguaçu)

Entretanto, quando eles não estão tentando pegar algo de alguém ou revirando o lixo, brincam e passam no meio das pessoas com a naturalidade de quem manda no pedaço. Além disso, os quatis não entram no Restaurante Porto Canoas (com funcionamento normal), o único do parque, que fica no final da Trilha das Cataratas. Apesar do preço salgado (R$ 75 por pessoa; crianças até 6 anos pagam metade), o bufê é farto e gostoso.

Escolha almoçar na parte externa, no deque de madeira com vista para o Rio Iguaçu e a Mata Atlântica. Afinal, é uma opção que vale tanto pelo visual como pela comida. Para gastar menos, as lanchonetes vendem combos de sanduíches e petiscos.

Vale a pena fazer o Macuco Safári?

Vale sim! Duas coisas que você precisa saber sobre o Macuco Safári: é divertido e molha bastante. Com base dentro do parque nacional (precisa comprar o ingresso separado), o passeio de bote pelo Rio Iguaçu começa em terra firme, com um tour em um veículo elétrico aberto e um guia trazendo explicações sobre a fauna e flora do parque.

Macuco Safári
O guia faz explicações sobre a fauna e flora do parque (foto: divulgação/Macuco Safári)

Depois todos descem para uma caminhada de 600 metros pela mata. Por fim, é a vez de entrar nos botes e curtir as Cataratas de uma forma completamente diferente. Então, as lanchas saem em disparada rumo à cachoeira Três Mosqueteiros e entram, literalmente, debaixo da queda. Ou seja, os passageiros levam um turbilhão de água gelada na cabeça.

Macuco Safári
Passeio do Macuco Safári (Foto: divulgação)

Quem está na frente, portanto, ganha um banho de lavar a alma. Famílias com crianças costumam ir atrás porque molha menos. É uma delícia! Contudo, vale a ressalva de que, apesar de ser liberado para crianças de qualquer idade, incluindo bebês, não acho indicado para menores de 3 anos, pois pode ser assustador (ou, então, escolha a opção em que o bote não entra debaixo da cachoeira).

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Macuco Safári
O bote chega bem pertinho das Cataratas (foto: divulgação/ Macuco Safári).

Caminhadas na mata

As trilhas também merecem destaque entre as atrações do parque, em maior ou menor intensidade, de acordo com seu interesse. A do Poço Preto, por exemplo, é um combinado de bike, barco e caiaque.

Os nove quilômetros de caminhada são complementados pela bicicleta (quem não aguentar pode pedir arrego ao jipe que acompanha o percurso). Apesar de longo, o caminho segue sem percalços e a pedalada flui tranquila, tendo a beleza e o frescor da Mata Atlântica como aliados.

Além disso, com muita sorte (muita mesmo!), os ciclistas podem ver jaguatiricas e onças. A etapa seguinte é um passeio contemplativo pelo Rio Iguaçu, até a falha geológica que forma um poço de 22 metros de profundidade, local em que a água é escura – daí o nome Poço Preto.

Trilha de bicicleta na mata
Trilha de bicicleta na mata (foto: divulgação)

O tour termina com os caiaques, remando dois quilômetros por trechos tranquilos do rio. Os passeios são oferecidos pela empresa Macuco Aventura e partem de dentro do parque.

Sobrevoo de helicóptero

Para ampliar sua percepção do que são as Cataratas do Iguaçu, considere pagar um bocado a mais para fazer um sobrevoo de helicóptero com a empresa Helisul Aviação. São duas opções: o de dez minutos pelo parque nacional (R$ 430 por pessoa) e o de 35 minutos (R$ 4.460 para quatro pessoas), que inclui ainda a Usina Hidrelétrica de Itaipu e o Marco das Três Fronteiras (Paraguai-Brasil-Argentina).

Sobrevoo de helicóptero nas Cataratas do Iguaçu
Sobrevoo de helicóptero nas Cataratas do Iguaçu (foto: shutterstock)

Conhecendo o lado argentino

O Parque Nacional Iguazú, na Argentina, é um passeio diferente e complementar ao lado brasileiro. Para cruzar a fronteira, portanto, é obrigatório ter em mãos um destes documentos: cédula de identidade, carteira de motorista ou passaporte. Além disso, o ingresso para o parque vizinho ao nosso deve ser pago exclusivamente em pesos argentinos.

Localizado a 18 quilômetros de Puerto Iguazú, ao norte da província de Missiones, o complexo tem quase um terço do tamanho do lado brasileiro. Porém, é na porção dos hermanos que estão boa parte das cachoeiras e as trilhas mais desafiantes. Dividido em três partes (Garganta do Diabo, Circuito Superior e Circuito Inferior), o parque rende melhor se a visita for feita em dois dias.

Com um dia só, pegue o trem e vá direto à estação Garganta do Diabo, o ponto final da linha. Então, siga a passarela que leva até a mais imponente das quedas de Foz, para contemplar o visual antes que comece a encher de gente. Com mais tempo, percorra os outros dois circuitos: o Inferior, de 1.400 metros, e o Superior, de 1.750 metros, que revelam novos ângulos das cascatas. Então, já prepare o celular para fotos.

Garganta do Diabo, Foz do Iguaçu
Garganta do Diabo (foto: shutterstock)

Marco das Três Fronteiras

O Rio Iguaçu se encontra com o Rio Paraná e essa união marca as fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai. O encontro triplo é celebrado no Marco das Três Fronteiras, um complexo de lazer com restaurante, parquinho, mirante e instalação artística interativa.

É ali, portanto, que o viajante conhece mais sobre as missões jesuíticas na região, com direito a cidade cenográfica, e fica sabendo sobre a vida dos índios guaranis e do espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, o primeiro europeu a chegar às cataratas em 1542. A história é contada em um vídeo de 12 minutos que passa, várias vezes ao dia, no memorial dedicado ao desbravador.

Marco das 3 Fronteiras
Marco das Três Fronteiras (foto: Christian Rizzi)

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Shows no obelisco

Enfim, o ponto alto do passeio é curtir o pôr do sol com vista para os rios e tirar fotos na placa que sinaliza os três países. Na praça central um obelisco pintado com as cores da nossa bandeira marca a fronteira brasileira. É junto ao obelisco e ao chafariz que acontecem, de terça a domingo, os shows de danças típicas, que retratam um pouco da cultura dos três países.

Eles são realizados às 17h30 (fique tranquilo, pois marcações no chão sinalizam o distanciamento entre as pessoas). Para fechar o pôr do sol com show e também comidinhas, há barracas de lanches e o restaurante Cabeza de Vaca, que preenche o espaço da praça com várias mesinhas ao ar livre e porções de petiscos e comidas no bufê.

Aos afoitos por um menu mais elaborado, prefira jantar em outro lugar. Por conta com as restrições da covid-19, o restaurante, o playground e o memorial seguem fechados.

Marco das Três Fronteiras
Turistas tiram foto nas placas do Marco das Três Fronteiras (foto: Christian Rizzi)

Dinossauros e Museu de Cera

Teve uma época em que Foz era um destino frequentemente associado aos viajantes da melhor idade. Contudo, ao longo dos anos, a cidade foi abrindo seu leque de opções e conseguiu, enfim, fisgar o casal com crianças, o viajante solo em busca de contato com a natureza, os turistas de olho nas compras no Paraguai e aqueles que viajam felizes da vida em grupos de excursões.

Esse salto de público se deu graças à diversificação de atrações que começaram a pipocar em Foz nos últimos anos.

Um exemplo é o complexo do Grupo Dreams, pensado para as famílias com filhos de qualquer idade. Com o Passaporte Dreams, os visitantes têm acesso ao Museu de Cera Dreamland, ao Vale dos Dinossauros e ao Maravilhas do Mundo.

Fachada do complexo Dreamland
Fachada do complexo Dreamland (foto: divulgação)

 

Parque dos Dinossauros
A criançada se diverte no Parque dos Dinossauros (foto: Tarcila Ferro)

Vale dos Dinossauros

As três atrações funcionam juntas em um amplo complexo na Avenida das Cataratas. Portanto, você sai de uma e já entra na outra. O Vale dos Dinossauros é a única atração ao ar livre. Logo, tempo bom é fundamental para aproveitar o passeio.

Vinte dinos-robôs estão espalhados por um parque que reproduz um ambiente pré-histórico com laguinhos, rochas e árvores.

A entrada é por um grande portal igual ao do filme Jurassic Park (a trilha sonora também é do filme!).

Então, basta andar pela trilha para dar de cara com os grandalhões animatrônicos, que se mexem e emitem sons causando alguns sustinhos nas crianças menores e risadas nas maiores. O final fica para o tiranossauro de 14 metros.

Museu de Cera Dreamland

No embalo você já entra no Museu de Cera Dreamland e caminha por salas temáticas com mais de 100 personalidades das telonas, da música e dos desenhos infantis. Eu não sou fã de museu de cera (em nenhum lugar do mundo), mas pela animação dos meus filhos é uma atração que faz sucesso! Afinal, estão lá Barack Obama, Lady Gaga, Neymar, Justin Bieber… A chance de tirar fotos nos ambientes temáticos ao lado das celebridades é o que mais empolga.

A visita mais rápida fica para o Maravilhas do Mundo, com miniaturas dos principais monumentos do planeta, feitas com um capricho que impressiona. Das Pirâmides do Egito ao Arco do Triunfo e à Muralha da China, é um giro interessante, especialmente para as crianças ampliarem suas percepções de mundo.

Sem deixar o complexo, ainda há bar de gelo (fechado temporariamente) e o Super Carros, para aqueles que sonham em dirigir máquinas como Ferrari, Porsche e Lamborghini, por exemplo. Para os próximos anos, o Grupo Dreams planeja mais atrações e um resort. Ou seja, mais um motivo para viajar a Foz.

Dreamland
Dreamland (foto: Jan Schneckenhaus/shutterstock)

Parque das Aves

Entre os lugares mais populares de Foz está o Parque das Aves, uma instituição de conversação da Mata Atlântica e de aves – cerca de 52% das espécies que vivem ali foram resgatadas de maus tratos ou de tráfico (ingresso: R$ 45).

Por ser permeado de viveiros e ter uma vegetação densa – uma parte ainda remanescente da Mata Atlântica –, capriche no repelente (afinal, os mosquitos não dão trégua) e prefira tênis a sandálias e chinelos para andar por terrenos com pedras, terra e mato.

Parque das Aves
Parque das Aves (foto: shutterstock)

Nesse lar de flamingos, jacutingas (ameaçadas de extinção), papagaios (os pássaros mais traficados do país), araras, tucanos, emas, iguanas, saguis, cobras e muitos outros animais, a visita torna-se ainda mais interessante com o tour Backstage Experience. Por fim, biólogos levam os visitantes para dentro dos viveiros e permitem que os turistas alimentem as aves e acariciem-nas.

É possível acompanhar também o trabalho de reabilitação de alguns pássaros resgatados e que estão reaprendendo a voar. O plus fica para o encontro com a arara-azul, que é colocada no braço dos visitantes e posa para fotos com toda sua majestade.

Parque das Aves
Funcionário com equipamentos de segurança no Parque das Aves (foto: shutterstock)

Usina de Itaipu 

Foz é cataratas, mas também é sinônimo de Usina de Itaipu. A grandiosidade da obra construída entre o Brasil e o Paraguai se revela em números: a barragem de Itaipu tem 7.919 metros de extensão e 196 de metros de altura máxima.

Isso tudo, somado a 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, faz de Itaipu Binacional um dos mais engenhosos complexos hidrelétricos do mundo.

Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu
Usina de Itaipu (foto: shutterstock)

A obra é responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida no Brasil e de 90% no Paraguai. O passeio de ônibus Itaipu Panorâmica revela, por sua vez, os principais pontos de interesse em um tour de uma hora (R$ 42).

O ponto mais esperado, enfim, é o Mirante do Vertedouro, especialmente durante a época de cheia, quando ele é aberto e a vazão da água pode chegar a 40 vezes a das cataratas.

Ecomuseu e mais

Além da visita que leva para ver das barragens até as turbinas, há o Ecomuseu, que narra a história da usina em maquetes e painéis interativos, e o Refúgio Biológico, criado para preservar a fauna e a flora durante a formação do reservatório da usina.

São dois quilômetros de caminhada em uma trilha em meio à floresta nativa, com a chance de ver jaguatirica, quati, jacaré, urubu-rei e serpentes (entretanto, as três atividades seguem fechadas por conta da pandemia).

Ecomuseu
Ecomuseu (foto: divulgação)

Templo Budista Chen Tien

Seja qual for a sua religião, incluir no roteiro a visita ao Templo Budista Chen Tien é gostoso para dar uma pausa na programação e descansar (entrada gratuita).

Em um amplo jardim situado na parte alta da cidade, que permite ver o centro de Foz e de Ciudad del Este (no Paraguai), há 120 estátuas representativas da filosofia budista.

Entre os destaques estão a estátua do Buda deitado, em frente ao templo, e a do Buda sentado, a maior do conjunto, com dez metros, vinda diretamente da China e uma das maiores na América Latina.

Templo Budista Chen Tien, em Foz do Iguaçu
Templo Budista Chen Tien (foto: shutterstock)

Em dias ensolarados, o passeio ao complexo de Itaipu pode terminar navegando de catamarã para curtir o pôr do sol. A embarcação sai do Porto Kattamaram e navega pelo Lago Itaipu, passando ao lado da barragem. O passeio leva uma hora e meia, mas só vale a pena se tiver sol. Portanto, aborte o plano em dias nublados e chuvosos, porque o visual não compensa (R$ 90).

Outra opção de tour de catamarã é o que navega por duas horas pelos rios Paraná e Iguaçu até o Marco das Três Fronteiras, aliado com almoço ou jantar (R$ 150).

 

Onde comer em Foz do Iguaçu

Capitão Bar

No centrinho de Foz, o bar e restaurante tem atmosfera descontraída e capricha nas opções de cerveja especiais, como Quilmes Black, Patagonia Weisser e Colorado Cauim (essa última, um bem bolado de fermento alemão, lúpulo tcheco e mandioca). Além disso, a variedade de petiscos é farta para acompanhar as cervejas, com os tradicionais bolinhos de peixe, lula à dorê, polenta e bolinhos de bacalhau.

Por outro lado, se a ideia for almoçar, a picanha na pedra – com o preparo na própria mesa – é perfeita para compartilhar. As crianças, por sua vez, têm a opção de menu kids, com filezinhos de frango e carne, macarrão e purê de batatas. Por fim, hambúrgueres completam o cardápio.

Av. Jorge Schimmelpfeng, 288, Centro.

Barracão

Faz sucesso pelo bom preço, aliado ao amplo bufê que serve comida de fazenda (média de R$ 30 por pessoa). Sendo assim, o ambiente simples e rústico é concorrido especialmente aos finais de semana, quando chega a ser difícil conseguir uma mesa no almoço. É um lugar para comer churrasco, farofa, torresmo, frango assado, banana verde com carne assada, arroz com feijão…

Av. Silvio Américo Sasdelli, 1.010, Vila A, facebook.com/barracaofoz

Rafain Churrascaria Show

As mesas ficam dispostas ao redor de um palco onde acontece um show temático de uma hora e meia de duração,
sobre os principais ritmos e danças da América Latina. Aliás, o casal que dança tango em cima da mesa é um dos pontos altos.

Por fim, o jantar fica por conta de um amplo bufê, que vai de churrasco a sushi. É o restaurante típico dos grupos de excursão. O jantar com show custa R$ 165 por pessoa. Do mesmo grupo, a apresentação Iporã Lenda Show é encenada em um espaço ao lado da churrascaria e foca em lendas tupis-guaranis (R$ 149). É preciso reserva para as duas apresentações.

Av. das Cataratas, 1.749, Jardim Iguaçu, rafainchurrascaria.com.br

Aqva Restaurant

Do outro lado da fronteira argentina, na área gastronômica da cidade de Puerto Iguazú, o Aqva destaca em seu menu massas caseiras e receitas com peixes dos rios Paraná e Iguazú, como surubi, dourado e pacú, por exemplo. Para não deixar de fora as famosas carnes argentinas, sobram opções como bife de chorizo, ojo de bife e o t-bone de cordeiro patagônico.

Vinhos argentinos deixam o jantar ainda melhor.
Av. Córdoba, esquina com Carlos Thays, aqvarestaurant.com

Miniguia de compras além da fronteira

A fronteira entre o Brasil e o Paraguai permanece fechada, mas se na data da sua viagem já estiver aberta, pense em programar uma visita de compras a Ciudad del Este. Afinal, comprar eletrônicos, perfumes, bebidas alcoólicas e maquiagem ali pode ser um bom negócio.

Desde janeiro de 2020 o limite de compras passou de US$ 300 para US$ 500 por pessoa. Se ultrapassar, é preciso pagar 50% de imposto sobre o valor excedente. Entretanto, mesmo com o aumento, é permitido trazer no máximo 30 itens e somente três produtos idênticos por comprador. As exceções ficam para os cigarros, charutos e bebida alcoólica.

Atravessando a fronteira

Para atravessar a fronteira, basta apresentar um documento de identidade ao passar pela imigração – lembrando que carros alugados no Brasil não têm seguro para sinistro fora do país. Caso você não esteja dirigindo, outras formas para ir são contratando excursões ou por conta própria mesmo (de táxi ou ônibus). Mais cômodo é contratar um guia que conheça em detalhes os centros de compras e que espere no carro enquanto você bate perna.

“Um tour de compras de quatro, cinco horas custa R$ 150 por pessoa”, explica o o guia Juliano Miranda. Veja os melhores endereços a seguir – de Ciudad del Este e também da argentina Puerto Iguazú.

Ciudad del Este
Ciudad del Este (foto: divulgação)

Shopping Paris

O maior shopping de Ciudad del Este é um centro de compras bonitão com 80 lojas e ampla praça de alimentação. O grande destaque é o Shopping China, uma loja de departamento que ocupa todo o terceiro andar. Ali é o paraíso para comprar celular, notebook, videogames, máquinas fotográficas, além de bebidas, maquiagens e óculos escuros. Av. Doctor Luis Maria Argaña, shoppingparis.com.py

Monalisa

Loja de departamento colossal em Ciudad del Este, vende de tudo um pouco: moda, make, acessórios esportivos, itens de decoração e de cozinha, além de vinhos. Monseñor Rodriguez, 654, monalisa.com.py

Shopping del Este

É o primeiro shopping depois da fronteira paraguaia. Com mais de 40 lojas e atmosfera popular, é um lugar interessante para comprar roupas e acessórios de marcas como Nike, Levi’s e Tommy, além de perfumes e maquiagem. Monseñor Rodriguez, s/n°.

Shopping Paris
Shopping Paris (foto: divulgação)

Casa Nissei

Um dos endereços mais tradicionais da cidade paraguaia, é um lugar confiável para comprar eletrônicos, sendo distribuidora oficial de marcas como Apple e Canon. Além disso, é forte também na venda de perfumes e maquiagem. Av. Adrián Jara, esquina com Regimiento Piribebuy, Shopping Hijazi, casanissei.com

Cell Shop

O nome dá a dica de que o forte por ali são os celulares e eletrônicos (os produtos têm garantia). Av. Carlos Antonio López, cellshop.com

Sax

Em Ciudad del Este, uma loja inteirinha dedicada ao universo feminino, com muitos cosméticos, roupas e acessórios de marcas como Luis Vuitton e cosmésticos da M.A.C. Av. San Blás, shop.sax.com.py

Duty Free Puerto Iguazú

Logo após cruzar a fronteira com a Argentina (não esqueça de levar o documento de identidade), os brasileiros podem ir às compras no duty free, que tem cara de shopping.

Ali estão todas as marcas encontradas nos free shops dos aeroportos: brinquedos Lego, chocolates Lindt e M&M’s, roupas Lacoste, Zara, GAP e uma infinidades de cosméticos, perfumes, maquiagem, além de eletrônicos. Vale a pena?

Se comparar com o Paraguai, não; se comparar com os preços do Brasil, sim. É uma boa oportunidade para levar vinhos argentinos.

Onde se hospedar em Foz do Iguaçu

Wish Foz do Iguaçu

Inspirado nas vilas à beira-mar de Miami, o resort conta com campo de golfe de 18 buracos, ótima área de piscinas, bosque para caminhadas e três restaurantes. Das 215 acomodações, 23 são casas de quatro a oito dormitórios. Diárias a partir de R$ 530 para casal, com café da manhã e cortesia para duas crianças no apartamento dos pais. Avenida das Cataratas, 6.845. Clique aqui para ver fotos do resort e o preço da diária.

Piscina do Wish Foz do Iguaçu
Piscina do Wish Foz do Iguaçu (foto: divulgação)

Belmond Hotel das Cataratas

Único hotel dentro do Parque Nacional do Iguaçu, o Belmond Hotel das Cataratas tem como “quintal” as belezas das cataratas. E esse é o seu grande diferencial, uma vez que os hóspedes podem explorar a beleza das quedas até mesmo quando o parque está fechado para os visitantes.

A vocação natural é aliada à estrutura de um hotel de luxo. Os apartamentos têm decoração em estilo colonial, com pinturas da fauna e flora locais. São equipados com cama queen ou twin e as unidades da categoria Luxo Cataratas têm vista para as magníficas quedas d’água.

Gastronomia para todos os gostos

Coladinho à piscina, o restaurante Ipê Grill serve um delicioso café da manhã em estilo bufê e almoço à la carte. Ao anoitecer, quem rouba a cena é o popular churrasco gaúcho.

Já o Restaurante Itaipu elabora pratos de fusão das culinárias brasileira e internacional, especialmente com carnes.
Outra alternativa, o Tarobá tem comidas leves e é convidativo para refeições rápidas, lanches ou para aquele momento em que o viajante quer só um drinque para acompanhar o lindo visual.

Diárias para casal a partir de R$ 1.700, com café da manhã. Rodovia BR-469, km 32, s/nº, Parque Nacional do Iguaçu. Clique aqui para ver fotos do hotel e o preço da diária.

Vista aérea do hotel Belmond Cataratas
Belmond Cataratas (foto: divulgação)

 

Bourbon Cataratas do Iguaçu Resort

Com área infantil temática da Turma da Mônica, o resort conta com 311 quartos, spa, mini shopping, boliche e um bom conjunto de piscinas. Diárias a partir de R$ 526 para casal, com café da manhã e cortesia para duas crianças no apartamento dos pais. Rodovia das Cataratas, km 2,5. Clique aqui para ver fotos do resort e o preço da diária.

Bourbon Cataratas
Bourbon Cataratas (foto: divulgação)

Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention

O bom custo-benefício, aliado à estrutura pensada para as crianças, foi o ponto central da minha estada de quatro noites no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention. Fora esses dois fatores, contou uns belos pontos a mais a piscina termal aberta que não tem cloro e cuja água é trocada com frequência. Então dá para passar horas na água – e passamos mesmo, porque em Foz faz muito calor – sem ficar com os olhos ardendo e os cabelos e a pele ressecados.

Essa piscina central é dividida em vários nichos com diferentes profundidades. Enquanto as crianças ficam na parte mais rasa, os adultos aproveitam o bar molhado para uma cervejinha gelada a qualquer hora e ainda sobra muito espaço para nadar. Ao redor, as espreguiçadeiras são fartas, mas, se quiser garantir a sombra em um dos bangalôs, chegue cedo.

Piscina do Recanto Cataratas
Recanto Cataratas (foto: divulgação)

Kids Club e parquinho

Ali do lado, uma frondosa árvore serve de base para o kids club, que é, literalmente, uma casa na árvore. Em três andares com paredes de vidro, a criançada aproveita mesas de desenhos, brinquedos, livros e televisores para brincarem sozinhas ou junto com a monitoria, que é bem ativa e propõe atividades o dia todo.

Outro espaço para as crianças é o parquinho de madeira com pontes, escadas e escorregadores – o chão acolchoado evita muito joelho ralado na hora da brincadeira. Mais diversão fica para o salão de jogos, que quebra o galho nos dias chuvosos com brinquedos eletrônicos e mesas de pebolim e bilhar.

Nos dias mais frios também cai super bem a piscina termal, mas desta vez coberta. Sempre com água quentinha, dá
para ficar até de noite relaxando por ali.

Mais relax no spa

Para prolongar esse clima relax, reservar um horário no spa é uma boa. A massagem chinesa com pindas, que são aquelas almofadinhas com ervas medicinais, estão entre os destaques dos tratamentos relaxantes.

Além dela, técnicas com pedras quentes, zen-shiatsu, vibroterapia, cromo com aromaterapia e massagem pelo caminho das águas termais recheiam o cardápio. Situado próximo ao centro da cidade, o resort conta com 501 apartamentos divididos em cinco categorias. As opções de suíte têm tamanhos a partir de 45 m² e banheira de hidromassagem. Os apartamentos são mais simples e confortáveis, com cama-box e ar-condicionado.

Café da manhã farto

Incluso nas diárias, o café da manhã é farto e dá para incluir meia pensão. Para um jantar especial, o ambiente romântico do Aranda já é um delicioso começo. Em uma noite mais agitada, o London Pub integrado ao boliche é ótimo para bebericar e petiscar sem ter pressa para ir dormir.

Diárias a partir de R$ 530 para casal e até uma criança, com café da manhã. Av. Costa e Silva, 3.500, Foz do Iguaçu, PR. Clique aqui para ver fotos do resort e o preço da diária.

 

Veja aqui mais opções de hotéis em Foz do Iguaçu!

 

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