1- Onde é possível fazer safári e qual é a diferença entre cada país?

 

A África do Sul é, provavelmente, o primeiro destino que vem à cabeça quando o assunto é safári (ou game drive). Isso porque o país é dono do Kruger Park, uma área nacional protegida com 2 milhões de hectares, onde avistar os Big Five é (com sorte) algo certo. Mas outros países do continente também oferecem oportunidades incríveis, como o Quênia e a Tanzânia, que são palco da Grande Migração – quando milhares de gnus, zebras e gazelas migram do parque Masai Mara para o Serengeti.

“Por ser menos visitado, o Delta do Okavango, em Botsuana, proporciona um contato ainda mais íntimo com os animais. Já a Namíbia, apesar de ter menos variedade, impressiona ao mostrar espécies adaptadas à aridez do deserto, em parques como o Chobe”, recomenda Fernanda Schmidt, representante de Wilderness Safaris, empresa que atua em sete países africanos, com cerca de 45 lodges (como são chamadas as hospedagens de savana).

 

2. Como fazer um safári?

Safáris são passeios que levam para ver a vida selvagem em seu habitat natural. As excursões motorizadas são as mais comuns – há desde aquelas com duração de três a cinco horas (em saídas logo cedo ou no fim da tarde) até um dia inteiro. A recomendação é passar duas noites na região do destino escolhido, para fazer pelo menos quatro safáris. Em geral, empresas especializadas atuam nos parques nacionais com guias e veículos apropriados – como caminhões com capacidade para várias pessoas.

O grupo é acompanhado por um ranger, o profissional que sabe tudo sobre segurança e comportamento animal, e um tracker armado, responsável por localizar vestígios que levem até os bichos, como pegadas e fezes. O Kruger possibilita, ainda, o self-drive, em que o turista percorre as estradas demarcadas dentro do parque, sozinho, com seu carro (em geral, alugado). Assim, paga-se apenas a taxa de entrada (280 rands, ou R$ 65, por pessoa, a cada dia).

 

safari
Safári (Foto: shutterstock.com)

3. Que tipos de safáris existem?

Além do motorizado, comumente chamado também de “fotográfico”, exis-tem safáris a pé e de bicicleta. Em regiões alagadas, como em Botsuana, há passeios em barco ou mokoro (tipo de canoa) para ver espécies que habitam a água ou as margens de lagoas e rios. Já sobrevoos de balão ou pequenos aviões são ótimos para avistar bandos de animais, como na Grande Migração do Quênia e da Tanzânia.

 

4. Qual é a melhor época do ano para safáris?

O outono e o inverno (de março a setembro) são boas épocas, pois é a temporada seca na savana – a vegetação escassa facilita a visualização de animais. Entre o Quênia e a Tanzânia, a etapa mais empolgante da Grande Migração acontece nos meses de agosto e setembro.

 

5. Onde se hospedar?

É possível se hospedar dentro dos parques, em opções que vão desde acampamentos econômicos até resorts de luxo – e aí optar pelos passeios das agências ou pelo self-drive. Outra possibilidade, para orçamentos ainda mais fartos, é ficar nas reservas privadas, que rodeiam os parques nacionais, compartilhando a mesma estrutura e fauna. A diferença é que apenas hóspedes de lodges localizados dentro delas podem fazer safáris na área.

“Costumam estar inclusos dois passeios no preço da diária, além da alimentação”, explica Diogo Caldeira, gerente de marketing do órgão de turismo da África do Sul no Brasil. Nessa modalidade, o veículo é menor (4 x 4) e aberto, com capacidade para poucas pessoas. “Uma vantagem é que esses veículos podem fazer off-road – ou seja, embrenhar-se na savana em busca dos animais, permitindo uma proximidade maior com eles.”

 

6. Afinal, safári com guia ou por contra própria?

O safári por conta própria tem a vantagem de ser mais barato – já que se paga apenas o ingresso do parque e o aluguel do carro (lembrando que, na África do Sul, a mão é inglesa). Além disso, permite fazer os percursos no seu ritmo, desde que dentro do horário de funcionamento. Já o safári contratado tem como vantagem a comunicação entre os guias, que avisam uns aos outros sobre a presença de animais em determinado lugar.

“Tem mais conforto, pois você não precisa ficar dirigindo nem se preocupando em achar ou desviar de animais”, pondera a fisioterapeuta Natália Gastão, que combinou as duas opções de passeio em seu roteiro pelo Kruger Park. “Mas nós preferimos com o nosso próprio carro, por ser mais sossegado em relação a horários e quantidade de pessoas.” Para Fernanda Schmidt, da Wilderness, a dupla conhecimento + segurança é determinante a favor dos passeios guiados. “Os rangers são verdadeiros mestres em encontrar os bichos. Eles conhecem o seu comportamento e evitam riscos desnecessários.”

 

7. O que fazer e o que evitar?

 

 

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