Hora da despedida

Considerada a quarta maior metrópole do país, mas a primeira em número de turistas, Marrakesh é uma das quatro cidades imperiais do Marrocos. Junto com ela, estão Rabat, Casablanca e Fez. Também conhecida como Cidade Vermelha, em virtude da cor de suas muralhas e casas, Marrakesh foi construída em 1122.

Encantador de cobras
Encantador de cobras (foto: shutterstock)

Seu ponto mais frenético é, certamente, a Praça Jemaa el-Fna. Ao centro, encantadores de cobras tentam fisgar turistas e encorajá-los a tocarem e se enrolarem nas serpentes, assim como aqueles famosos pobres macaquinhos acorrentados à espera de uma foto. Além disso, ao redor, bares, restaurantes e lojinhas estão sempre cheios.

Outro lugar imperdível, bem pertinho dali, aliás, é a Medina de Marrakesh, mais movimentada e mais turística que a de Fez. O local é lotado de vendedores insistentes. Durante minha passagem pela cidade, fui seguido por um deles por mais de 20 minutos e acabei, então, comprando três bolsas que nem queria. Assim como em Fez, não abra mão de um guia local! Isso porque eles ajudam a economizar tempo nos passeios e ainda mostram curiosidades e segredos escondidos naquele mar de vielas.

Praça Jemaa El-Fna
Praça Jemaa El-Fna (foto: shutterstock)

Vale a pena conhecer!

Em seguida, a cerca de 15 minutos a pé da Praça Jemaa el-Fna, os Túmulos Saadianos ficam expostos no mausoléu real da Dinastia Saadiana, com três salas e um lindo jardim. Há 70 pessoas sepultadas ali, entre eles Ahmed al-Mansur, rei do Marrocos entre os anos de 1578 e 1603, e sua família. Descoberto em 1917, foi restaurado e é considerado Patrimônio Mundial da Unesco. Ademais, imperdível também são os Jardins da Menara, rodeados de oliveiras e pomares, com um lago artificial abastecido de água das montanhas a mais de 30 quilômetros de distância.

Jardim Majorelle
Jardim Majorelle (foto: divulgação)

Na lista de “floridos” entra, aliás, o Jardim Majorelle, o mais famoso de Marrakesh. Criado em 1931, reúne mais de 3 mil espécies botânicas, espalhadas em quase 10 mil m². Leva o nome de seu fundador, o pintor francês Jacques Majorelle (1886-1962). Comprado por Yves Saint Laurent em 1980, que adorava visitar o espaço e o considerava inspiração para suas coleções, foi reformado e posteriormente doado por ele à Fundação Jardim Majorelle. Além disso, por ali ainda há diversos atrativos, como café, butique com produtos da marca do estilista, museu da cultura berbere, livraria, galeria e memorial dedicado a Saint Laurent, por exemplo.

Por fim, mais tarde, fui assistir a uma apresentação no Chez Ali, espécie de show equestre realizado em uma arena aberta. Mais uma vez, o céu forrado de estrelas foi o protagonista dessa noite, a exemplo de todas as outras durante essa viagem sensacional pelo Marrocos.


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